quarta-feira, 18 de março de 2009

Acordei rindo, o cachorro estava lambendo os meus pés. Não parava. Ri bastante. Ele foi me cheirando e me lambendo. Acordei feliz. Juntei minhas coisas as coloquei na mala, segurei os balões que ainda restavam e segui.

Estava tudo muito claro. O frescor do orvalho da manhã subia lento e penetrava minha narinas. Cheiro de mato. Esse cheiro me deixava feliz. Lembrava papai. Ele havia me deixado a muito tempo. A lembrança de papai me deixava feliz. Feliz.

Começou a ventar forte e as arvorés se curvavam até o chão, se retorciam e se tocavam. Ventava muito. Os balões se agitaram. Perdi um deles que logo sumiu por entre as arvores. De onde vinha tanto vento, para que tanta força.

O cachorro andava bem rente a mim, queria se proteger do vento. Queria me proteger do vento. Companheiros. Andamos algumas leguas pela estrada vazia. Animais pastavam em um campo distante, lá no alto. Algumas casinhas sozinhas mas nenhum homem ou mulher para quem pudesse perguntar a direção para casa do Barão. Segui.