sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Uma manhã chuvosa. Guardei uma pequena gota de esperança, a última que descia do céu. Algumas roupas velhas, um vidro de perfume quase pela metade, um sapato empoeirado e alguns pares de meias. Arrumei a mala e parti.

Deixei as portas e as janelas abertas para que o vento pudesse espalhar as lembraças que ainda habitavam aquele lugar. Era uma casa modesta que um dia sorriu. Talvez um dia eu retorne completa, e possa reacender as velas que iluminavam nosso lar, regar as violetas na janela, passar o café e comer rosca recheada com canela e manteiga.

As nuvens me acompanhavam, a tempestade estava lá longe no horizonte. Era para lá que eu ia, e lá atras ia o que eu mais deseja o que fosse presente. O passado ainda andava ao meu lado. Cada passo uma lembrança. Que o tempo ia consumindo.

Um comentário:

  1. Ahh!o presente...e essa mania de abrir as gavetinhas de dias passados...Talvez,ver reprises e colorir palavras seja o jeito mais fácil de se (des)conhecer.
    Quem disse que palavras não são pessoas aos vento,não sabia o que era ser gente.

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