domingo, 22 de fevereiro de 2009

O cachorro estava muito feliz. Ele corria metros e metros a minha frente depois voltava pulando, rodopiando e latindo. Balançava a cabeça, mordia o proprio rabo e puxava minha saia. Fez isso inumeras vezes. Até que em uma dessas vezes em me puxou tanto que cai. Fiquei com raiva, muita raiva. Quem ele achava que era. Era um cachorro. Apenas um cachorro.
- Você nunca mais faça isso, nunca. Gritei.
Ele começo a me lamber como se eu tivesse pedido por isso. Era um pedido de desculpas. Não posso criticar seus erros, pensei, não por você não é um ser pensante mas por que conheço alguns dos meus erro. Alguns motivos que me levam a me equivocar. Algumas vezes me sentia mais você que eu.

Sentei me debaixo de uma grande arvore. Tire um pedaço de pão da bolsa, cortei um pedaço de salame. O cachorro me olhou e deu dois latidos fortes. Uma pequena joaninha,uma senhorita com um chalé vermelho de bolinhas pretas pousara no meu dedo. Fixei meu olhar para poder vê-la melhor. O quão pequenos, insensíveis e fracos somos perante uma joaninha. Ela ficou parada no meu dedo alguns instantes de depois voo. Não mais a vi. O céu estava cheio de nuvens brancas num azul profundo. Me encontei no tronco da arvore e dormi dormir coberto por nuvens, uma colcha de nuvens. O Cachorro deitou ao meu lado. Dormimos.

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